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As comprovações das competências no Relatório sobre o Futuro do Trabalho 2025
Cresce a importância de os trabalhadores poderem comprovar suas competências e habilidades por meio de outras aprendizagens e práticas devidamente registradas em um currículo digitalmente enriquecido, indo além dos diplomas da educação formal, tais como Ensino Médio, graduação ou pós-graduação.
Os diplomas continuam a ser importantes, mas para se diferenciar num mercado em acelerada e profunda mutação é preciso ir além, especialmente para demonstrar experiências práticas – inclusive voluntariado -, e as competências socioemocionais.
O estudo do “Futuro do Trabalho”, publicado pelo Fórum Econômico Mundial (WEF), analisa as macrotendências que impactam os empregos, as competências / habilidades necessárias e as estratégias que podem ser implementadas pelos empregadores em resposta a essas mudanças.
O estudo é realizado a cada dois anos e está em sua 5ª edição. Foram entrevistados mais de 1.000 empregadores em 55 países na busca por identificar as tendências mais significativas no mundo do trabalho, para o período de 2025 a 2030.
Destaca-se que os processos de seleção das pessoas têm passado por mudanças importantes, sendo que conduzir contratações baseadas em competências / habilidades é uma abordagem cada vez mais reconhecida para expandir a disponibilidade de talentos.
Conforme mostrado no gráfico a seguir, a experiência de trabalho continua sendo o mecanismo de avaliação mais comum em processos de contratação, com 81% das empresas esperando continuar a contar com ela no período de 2025-2030. Isso é consistente com edições anteriores do relatório, destacando o valor que os empregadores atribuem ao aprendizado prático no trabalho e às realizações.
Apenas 4% das empresas relatam que não avaliam as competências / habilidades de possíveis funcionários, destacando que essa avaliação é quase universal em todos os setores.
O segundo método mais comum de avaliação são as avaliações de competências / habilidades, que devem ser utilizadas por 48% dos empregadores, destacando uma ênfase crescente em testar diretamente as competências dos candidatos em vez de confiar apenas em seus currículos.
Além disso, os testes psicométricos estão planejados para serem usados por 34% das empresas, refletindo um foco maior em avaliar os traços comportamentais, habilidades cognitivas e adequação cultural dos candidatos.
O requisito de um diploma universitário aparece em terceiro lugar nas abordagens dos empregadores para avaliação de habilidades, com 43% dos entrevistados esperando continuar a usar esses documentos como requisito até 2030.
A comparação com a edição anterior deste relatório mostra que os empregadores estão se concentrando cada vez mais em experiência de trabalho e testes psicométricos em vez de credenciais tradicionais como diplomas universitários.
Essa mudança sinaliza um reconhecimento crescente de que competências práticas e habilidades cognitivas podem ser mais indicativas de desempenho futuro no trabalho do que qualificações educacionais formais, além de expandir a inclusão produtiva.
Além disso, os diversos requisitos dos empregos de maior crescimento destacam o papel crítico das ocupações que geralmente são acessíveis por meio de treinamento profissional, estágios, experiência no trabalho, cursos técnicos ou tecnólogos.
No entanto, o uso esperado de estágios, cursos de curta duração e certificados online na avaliação de habilidades veio com um ligeiro declínio desde a edição de 2023 do relatório: 17% dos empregadores antecipam priorizar estágios, enquanto 14% planejam considerar certificados on-line em suas decisões de contratação.
Essas descobertas destacam o potencial das abordagens que priorizam a visibilização das competências na identificação e atração de talentos, de forma complementar aos diplomas tradicionais.
Estabeleça sua estratégia para apoiar estudantes e colaboradores na elaboração de um currículo digital enriquecido, que seja capaz de ampliar as oportunidades de trabalho.
Link para o relatório (em inglês)