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Microcertificações

Uma metodologia de microcertificação

A CertifikEDU certamente tem muitas respostas à inovação de sua instituição.

É comum percebermos que as instituições estão em seus processos de inovação e necessitam focar o seu currículo como o aspecto crucial da formação.

É desde o currículo que se desenha o objeto do Curso e o Perfil do Egresso. Quão mais fortalecido o currículo estiver em consonância com a dinâmica do mundo do trabalho, mais assertiva é a Instituição, uma vez que possibilita o desenvolvimento competências gerais e específicas das disciplinas ao que o mundo real necessita.

Afinal, nossos egressos são competentes para qual finalidade? Pensar no design curricular se torna um processo de formação continuada, abrangendo as características de como a Instituição trabalha, o que é o método propriamente lançado.

É baseado neste contexto que oferecemos uma metodologia descrita em princípios e eixos norteadores, capazes de possibilitar às Instituições a clareza do ambiente curricular e das competências que serão desenvolvidas junto ao processo de microcertificação, inclusive dos caminhos que o próprio acadêmico vai alicerçar.

O mapeamento das competências é um caminho.

Instituição de ensino – Mundo do Trabalho – Trabalhabilidade. Três descritores que mapeiam uma relação intrínseca, numa perspectiva sistêmica e integrativa.

Quando se pensa um currículo por competência, falamos de um professor com habilidades para desenvolver seus alunos por competências, nas quais conteúdos, vivências, experiências, saberes socialmente construídos modelam saberes que podem ser cocriados nos ambientes acadêmicos e profissionais.

“Afinal, vai-se à escola para adquirir conhecimentos, ou para desenvolver competências?”. Philippe Perrenoud questiona porque nem sempre o conhecimento significa a competência instalada em saber e saber fazer. Nossas instituições conseguem implementar o saber fazer?

Para “saber fazer”, esse mapeamento de competências há eixos que dialogam em si:

  • Temporal, articulação do saber;
  • Espacial, tempo e espaço da sua produção com a prática social e com a organização do mundo;
  • Epistemológico, construção da ciência, a autonomia do aluno, o ofício do professor.

Esses eixos conectados, somados a distribuição de cargas horárias equivalentes vão mapear a trajetória formativa dos alunos, uma equação que temos a certeza de uma relação universal capaz de valorizar os itinerários formativos que cada aluno adota, somando aos saberes de sua instituição.

Ao microcertificar por cada construção de saber, o aluno terá um conjunto de certificações que serão a base de sua construção e isso ao longo do curso, o que vai tornar possível a abertura de possibilidades ao mundo do trabalho, na sua trabalhabilidade.


Fonte da imagem: The National Workforce Registry Alliance (Alliance)

Luciano Sathler18 de setembro de 2024
Empregabilidade

Por que a microcertificação deve estar no radar de todo gestor

A educação está em constante transformação e estes são alguns dos termos que estão ganhando força na Europa e nos Estados Unidos. Todos têm a ver com um tipo de especialização cada vez mais demandada pelo mercado e por alunos (e ex-alunos, como veremos adiante): as microcertificações.

Também chamados de microformações, tratam-se de cursos rápidos que desenvolvem habilidades específicas, que serão empregadas – e comprovadas – no curto prazo. Geralmente, ocorrem a distância ou em encontros rápidos e dinâmicos, dando flexibilidade para a educação continuada de profissionais ou estudantes.

O crescimento da procura está relacionado à educação por competência, em que interessa muito mais o que o profissional de fato consegue entregar do que os diplomas que ostenta na parede. No entanto, a comprovação se faz necessária para que os recrutadores ou algoritmos encontrem a mão de obra que procuram – e é aí que aparece a skill visibility. Mais eficiente do que saber onde e quando um profissional concluiu a graduação é entender rapidamente, por exemplo, que ferramentas ele domina ou que competências específicas acumula e que serão importantes para as tarefas a ele delegadas.

– Duas forças estão movendo tudo isso. A primeira é a longevidade: as pessoas precisam trabalhar por mais tempo. A segunda são as mudanças no mundo do trabalho, fazendo com que elas precisem aprender mais sobre o que fazem ou dominem coisas novas – analisa o membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Científico da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) Luciano Sathler.

Quando a opção é por aprender coisas novas, o caminho é o chamado upskilling, ou seja, incrementar o rol de competências. Aqueles que buscam aprender mais sobre funções que já exercem se encaixam no conceito de reskilling. Os dois são fundamentais em função da longevidade referida por Sathler, caso contrário, a colocação no mercado de trabalho fica seriamente comprometida.

Eis que aparecem outros dois termos importantes para compreender a tendência das microcertificações: empregabilidade e trabalhabilidade. O primeiro se refere à formação pensada para inserir e estabilizar o estudante no mercado de trabalho. Já o segundo tem a ver com o desenvolvimento de competências complementares, mas que se mostram cada vez mais essenciais, como as chamadas soft skills e o domínio de ferramentas específicas de acordo com a carreira escolhida.

O papel das instituições

Feito este preâmbulo, é hora de entender o que tudo isso tem a ver com a realidade das instituições de ensino. Na verdade, tudo. Estar alinhado com o que o mercado de trabalho demanda é o ponto mais óbvio, mas, com um pouquinho de estratégia, dá para tirar ainda mais coisas do cenário apresentado.

Olhando para a educação formal, tem-se uma reorganização do Ensino Médio, a partir das novas diretrizes e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), estruturado sobre eixos e itinerários de aprendizagem de acordo com competências. O aluno começa a ser orientado para o que pretende desenvolver na vida profissional e até mesmo pessoal. Neste contexto, o currículo passa a prever uma gama de atividades que podem extrapolar os limites físicos das escolas.

– Parte da carga horária poderá ser trabalho voluntário, ou em uma empresa, visita guiada a museu. E aí o que acontece? O aluno vai terminar o Ensino Médio com o diploma, mas também pode ter certificados de curso técnico, microcertificado de voluntariado e experiência no campo de trabalho durante uma semana. Esse conjunto de microcertificados vai falar tanto ou mais do que o diploma de Ensino Médio – detalha Sathler.

Uma grande possibilidade é a formatação de parcerias com instituições de Ensino Superior. É comum que laboratórios fiquem ociosos boa parte do tempo, especialmente em cursos noturnos. A parceria entre escolas e universidades pode garantir uma formação mais completa, com diversos microcertificados que vão aumentar a trabalhabilidade dos alunos e, de quebra, ainda estimulam o vínculo com o nível superior e aproximam o futuro universitário e a instituição.

IES e as microcertificações

Se é vantagem para as escolas de Ensino Médio, que vão oferecer novas oportunidades e competências aos estudantes, é mais ainda para as faculdades e universidades. Além de ocuparem espaços até então ociosos, divulgam o trabalho e a estrutura para prospectar futuros alunos.

Para os que já estão na sala de aula, o movimento é de repensar as unidades curriculares ao redor das competências e habilidades. Dando dinamismo, é possível desmembrar as trilhas de ensino em uma arquitetura curricular que ofereça dezenas de microcertificações ao longo do curso. Atividades complementares, de extensão, atividades práticas, eventos ou, inclusive, cada unidade curricular pode dar origem a um microcertificado. Desta forma os alunos podem concluir cada semestre com uma série de habilidades comprovadas (novamente a ideia de skillsvisibility).

– Elas têm de estar registradas de uma forma digital e a tendência é que aconteça em blockchain, para que os algoritmos encontrem. As competências ficam visibilizadas em uma carteira digital de habilidades. Esse movimento já está na União Europeia, nos Estados Unidos e na Ásia. Está chegando no Brasil – alerta Sathler.

A comprovação dessas competências tem passado muito por ferramentas digitais. O próprio LinkedIn, rede social profissional, tem algoritmos que filtram a busca por prestadores de serviço ou profissionais que aleguem determinadas habilidades. Com a chamada Carteira Digital de Competências e Habilidades, já em prática em outros países, isso fica muito mais fácil e confiável.

Se as microcertificações aproximam os futuros alunos e intensificam a visibilidade da formação dos atuais, falta apenas falar dos ex-alunos. Para Sathler, eles não existem mais: a oportunidade está em oferecer cursos rápidos, flexíveis e acessíveis como opção de formação continuada. Por isso, as microcertificações devem fazer parte da estratégia dos gestores de Instituições de Ensino Superior.

– Para permanecer relevante, tenho que me integrar ao ecossistema de inovação e ajudar a desenvolvê-lo na tríade universidade, empresas e governos. O que nós estamos entregando não está sendo valorizado pelo mercado de trabalho. As pessoas estão se diplomando e indo trabalhar fora da sua área de formação ou em empregos que exigem menos do que um diploma – aponta Sathler.

Segundo ele, há um desalinhamento entre os serviços prestados pelas instituições de Ensino Superior e o que o mundo do trabalho está demandando. E as instituições, especialmente de EAD, que estão muito focadas em ênfase conteudista, são as que mais colaboram com essa desvalorização do diploma. No entanto, elas é que podem ser o principal motor para reverter isso, desde que mudem a oferta para que os alunos possam interagir com professores e colegas, focando nas microcertificações e na trabalhabilidade.


Cooperativismo gaúcho já se beneficia das microcertificações

Criada há mais de 10 anos, a Faculdade de Tecnologia do Cooperativismo (Escoop) oferece o curso de graduação de Tecnólogo em Gestão de Cooperativas, além de diversas pós-graduações focadas no tema e ainda mais customizadas, como gestão financeira para cooperativas de crédito.

No Congresso Brasileiro do Cooperativismo de 2019, as entidades foram desafiadas a melhorar o nível de profissionalização e governança das cooperativas. Um ano depois, viram a procura por cursos on-line disparar – até mesmo em função da pandemia. A saída foi oferecer opções ainda mais rápidas e dinâmicas.

– Temos módulos de até 50 horas, mas conseguimos calibrar para mais ou para menos de acordo com cada cooperativa e o nível de maturidade dos conselheiros – explica o diretor-geral da Escoop e gerente-geral do Sescoop/RS, José Máximo Daronco.

Os conselheiros a que se refere são os que atuam na gestão das cooperativas. Anualmente, os conselhos fiscais passam por renovação de dois terços de seus quadros e os novos ocupantes precisam compreender as atribuições do cargo. Outro curso atua na formação de coordenadores de núcleos – que possivelmente se tornarão conselheiros nos anos seguintes.

– Intensificamos o projeto de segurança cibernética para empresas de segmentos como energia e infraestrutura. Fizemos o primeiro módulo, com 20 horas, já estamos no segundo e, no começo de 2023 devemos ter o terceiro, além de ampliar para outros ramos, como agro e crédito – conta Daronco.

O maior desafio para oferecer os cursos, segundo ele, é ter um conjunto de professores devidamente preparados. Para driblar este obstáculo, a Escoop busca pessoas que estão dentro das cooperativas.

As aulas são síncronas para permitir maior interação, indo ao encontro do que defende Luciano Sathler. Mas isso também demanda um domínio por parte dos professores, que, além de conhecerem o dia a dia das cooperativas, precisam dominar a metodologia de atuação no modo virtual, mantendo o engajamento dos participantes.

O resultado tem agradado a instituição, parceiros e alunos. Os dirigentes das cooperativas reportam que os alunos voltaram às atividades com uma capacidade maior de observação e que novas visões foram implementadas.

– A formação continuada desperta o senso crítico, permitindo a melhoria nos processos de tomada de decisão dentro das cooperativas e, também, uma participação mais efetiva dessas pessoas no processo democrático que a cooperativa constrói para decisões. Devemos proporcionar cada vez mais a educação continuada – conclui Daronco.

Fonte: SINEPE-RS, 28/11/2022, por Pedro Pereira

Disponível em https://sinepe-rs.org.br/educacaoempauta/gestao/por-que-a-microcertificacao-deve-estar-no-radar-de-todo-gestor/



Pedro Pereira18 de setembro de 2024
Blockchain

ABIEE e ANEC estabelecem convênio com a CertifikEDU Microcertificações

A Associação Nacional de Educação Católica do Brasil – ANEC e a Associação Brasileira de Instituições Educacionais Evangélicas – ABIEE celebram convênio com CertifikEDU Microcertificações com Blockchain e Inteligência Artificial. As instituições educacionais associadas à ABIEE e à ANEC passam a contar com condições especiais para poderem oferecer carteiras digitais de competências e habilidades para os estudantes, docentes e corpo técnico-administrativo. A CertifikEDU coopera com instituições educacionais e outros tipos de organizações para implementar a gestão inovadora de microcertificados que visibilizam as competências e habilidades das pessoas.

Instituições de ensino superior ampliam seu relacionamento com estudantes e egressos a partir dos certificados e com apoio da Inteligência Artificial para poderem ofertar de maneira mais assertiva programas de pós-graduação, cursos livres, mentorias, eventos, unidades curriculares e outros serviços, conforme as trilhas de aprendizagem mapeadas, graças à visibilização das competências e habilidades já desenvolvidas e as que ainda podem ser alcançadas para a evolução da carreira profissional de cada um. A CertifikEDU pode ser usada como parte da Política institucional de acompanhamento dos egressos do Ensino Superior, no atendimento do Indicador 3.7 do Instrumento de Avaliação Institucional Externa para o Recredenciamento do INEP/MEC. Já as escolas poderão evidenciar a riqueza de seus itinerários formativos, projetos de vida e outros serviços que diferenciam a sua atuação, algo importante tanto para o Ensino Médio quanto para o Fundamental 2. Os microcertificados podem ser utilizados para registrar também.

Luciano Sathler15 de setembro de 2024
Competência

Possibilidades ao organizar um currículo por competências?

Uma mudança de paradigma! Sair da disciplina e abraçar competências que se constroem de maneira inter e multidisciplinar, associadas aos saberes científicos e aos aprendidos na vida.

A instituição necessita conhecer a equipe, o projeto que se deseja construir, encorajar os indivíduos a discutir os significados, prioridades e dinâmicas do seu próprio grupo, adotar uma atitude de processo grupal, focando nas pessoas e não simplesmente nas tarefas: uma verdadeira dialética que promova as inovações. Um processo que pode ser tenso e denso.

Veja os diferenciais para a IES com a microcertificação

  • Fortalecimento do Currículo
  • Gestão da permanência
  • Aproveitamento das atividades complementares na prática
  • Extensão sólida
  • Ação com egressos
  • Validação dos saberes dos alunos
  • Construção de carreira aproveitando seus saberes.
  • Valorização dos conhecimentos que o aluno possui.
  • Abertura de oportunidades no ambiente profissional.

É um fortalecimento da IES, porque abre portas para o aluno e lhe fornece as soluções para agregar valor ao seu diploma final, mas sem perder o percurso do aqui e do agora.


Fonte da imagem: Freepick


Luciano Sathler18 de setembro de 2024
Microcertificações

Uma metodologia de microcertificação

A CertifikEDU certamente tem muitas respostas à inovação de sua instituição.

É comum percebermos que as instituições estão em seus processos de inovação e necessitam focar o seu currículo como o aspecto crucial da formação.

É desde o currículo que se desenha o objeto do Curso e o Perfil do Egresso. Quão mais fortalecido o currículo estiver em consonância com a dinâmica do mundo do trabalho, mais assertiva é a Instituição, uma vez que possibilita o desenvolvimento competências gerais e específicas das disciplinas ao que o mundo real necessita.

Afinal, nossos egressos são competentes para qual finalidade? Pensar no design curricular se torna um processo de formação continuada, abrangendo as características de como a Instituição trabalha, o que é o método propriamente lançado.

É baseado neste contexto que oferecemos uma metodologia descrita em princípios e eixos norteadores, capazes de possibilitar às Instituições a clareza do ambiente curricular e das competências que serão desenvolvidas junto ao processo de microcertificação, inclusive dos caminhos que o próprio acadêmico vai alicerçar.

O mapeamento das competências é um caminho.

Instituição de ensino – Mundo do Trabalho – Trabalhabilidade. Três descritores que mapeiam uma relação intrínseca, numa perspectiva sistêmica e integrativa.

Quando se pensa um currículo por competência, falamos de um professor com habilidades para desenvolver seus alunos por competências, nas quais conteúdos, vivências, experiências, saberes socialmente construídos modelam saberes que podem ser cocriados nos ambientes acadêmicos e profissionais.

“Afinal, vai-se à escola para adquirir conhecimentos, ou para desenvolver competências?”. Philippe Perrenoud questiona porque nem sempre o conhecimento significa a competência instalada em saber e saber fazer. Nossas instituições conseguem implementar o saber fazer?

Para “saber fazer”, esse mapeamento de competências há eixos que dialogam em si:

  • Temporal, articulação do saber;
  • Espacial, tempo e espaço da sua produção com a prática social e com a organização do mundo;
  • Epistemológico, construção da ciência, a autonomia do aluno, o ofício do professor.

Esses eixos conectados, somados a distribuição de cargas horárias equivalentes vão mapear a trajetória formativa dos alunos, uma equação que temos a certeza de uma relação universal capaz de valorizar os itinerários formativos que cada aluno adota, somando aos saberes de sua instituição.

Ao microcertificar por cada construção de saber, o aluno terá um conjunto de certificações que serão a base de sua construção e isso ao longo do curso, o que vai tornar possível a abertura de possibilidades ao mundo do trabalho, na sua trabalhabilidade.


Fonte da imagem: The National Workforce Registry Alliance (Alliance)

Luciano Sathler18 de setembro de 2024
Empregabilidade

Por que a microcertificação deve estar no radar de todo gestor

A educação está em constante transformação e estes são alguns dos termos que estão ganhando força na Europa e nos Estados Unidos. Todos têm a ver com um tipo de especialização cada vez mais demandada pelo mercado e por alunos (e ex-alunos, como veremos adiante): as microcertificações.

Também chamados de microformações, tratam-se de cursos rápidos que desenvolvem habilidades específicas, que serão empregadas – e comprovadas – no curto prazo. Geralmente, ocorrem a distância ou em encontros rápidos e dinâmicos, dando flexibilidade para a educação continuada de profissionais ou estudantes.

O crescimento da procura está relacionado à educação por competência, em que interessa muito mais o que o profissional de fato consegue entregar do que os diplomas que ostenta na parede. No entanto, a comprovação se faz necessária para que os recrutadores ou algoritmos encontrem a mão de obra que procuram – e é aí que aparece a skill visibility. Mais eficiente do que saber onde e quando um profissional concluiu a graduação é entender rapidamente, por exemplo, que ferramentas ele domina ou que competências específicas acumula e que serão importantes para as tarefas a ele delegadas.

– Duas forças estão movendo tudo isso. A primeira é a longevidade: as pessoas precisam trabalhar por mais tempo. A segunda são as mudanças no mundo do trabalho, fazendo com que elas precisem aprender mais sobre o que fazem ou dominem coisas novas – analisa o membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Científico da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) Luciano Sathler.

Quando a opção é por aprender coisas novas, o caminho é o chamado upskilling, ou seja, incrementar o rol de competências. Aqueles que buscam aprender mais sobre funções que já exercem se encaixam no conceito de reskilling. Os dois são fundamentais em função da longevidade referida por Sathler, caso contrário, a colocação no mercado de trabalho fica seriamente comprometida.

Eis que aparecem outros dois termos importantes para compreender a tendência das microcertificações: empregabilidade e trabalhabilidade. O primeiro se refere à formação pensada para inserir e estabilizar o estudante no mercado de trabalho. Já o segundo tem a ver com o desenvolvimento de competências complementares, mas que se mostram cada vez mais essenciais, como as chamadas soft skills e o domínio de ferramentas específicas de acordo com a carreira escolhida.

O papel das instituições

Feito este preâmbulo, é hora de entender o que tudo isso tem a ver com a realidade das instituições de ensino. Na verdade, tudo. Estar alinhado com o que o mercado de trabalho demanda é o ponto mais óbvio, mas, com um pouquinho de estratégia, dá para tirar ainda mais coisas do cenário apresentado.

Olhando para a educação formal, tem-se uma reorganização do Ensino Médio, a partir das novas diretrizes e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), estruturado sobre eixos e itinerários de aprendizagem de acordo com competências. O aluno começa a ser orientado para o que pretende desenvolver na vida profissional e até mesmo pessoal. Neste contexto, o currículo passa a prever uma gama de atividades que podem extrapolar os limites físicos das escolas.

– Parte da carga horária poderá ser trabalho voluntário, ou em uma empresa, visita guiada a museu. E aí o que acontece? O aluno vai terminar o Ensino Médio com o diploma, mas também pode ter certificados de curso técnico, microcertificado de voluntariado e experiência no campo de trabalho durante uma semana. Esse conjunto de microcertificados vai falar tanto ou mais do que o diploma de Ensino Médio – detalha Sathler.

Uma grande possibilidade é a formatação de parcerias com instituições de Ensino Superior. É comum que laboratórios fiquem ociosos boa parte do tempo, especialmente em cursos noturnos. A parceria entre escolas e universidades pode garantir uma formação mais completa, com diversos microcertificados que vão aumentar a trabalhabilidade dos alunos e, de quebra, ainda estimulam o vínculo com o nível superior e aproximam o futuro universitário e a instituição.

IES e as microcertificações

Se é vantagem para as escolas de Ensino Médio, que vão oferecer novas oportunidades e competências aos estudantes, é mais ainda para as faculdades e universidades. Além de ocuparem espaços até então ociosos, divulgam o trabalho e a estrutura para prospectar futuros alunos.

Para os que já estão na sala de aula, o movimento é de repensar as unidades curriculares ao redor das competências e habilidades. Dando dinamismo, é possível desmembrar as trilhas de ensino em uma arquitetura curricular que ofereça dezenas de microcertificações ao longo do curso. Atividades complementares, de extensão, atividades práticas, eventos ou, inclusive, cada unidade curricular pode dar origem a um microcertificado. Desta forma os alunos podem concluir cada semestre com uma série de habilidades comprovadas (novamente a ideia de skillsvisibility).

– Elas têm de estar registradas de uma forma digital e a tendência é que aconteça em blockchain, para que os algoritmos encontrem. As competências ficam visibilizadas em uma carteira digital de habilidades. Esse movimento já está na União Europeia, nos Estados Unidos e na Ásia. Está chegando no Brasil – alerta Sathler.

A comprovação dessas competências tem passado muito por ferramentas digitais. O próprio LinkedIn, rede social profissional, tem algoritmos que filtram a busca por prestadores de serviço ou profissionais que aleguem determinadas habilidades. Com a chamada Carteira Digital de Competências e Habilidades, já em prática em outros países, isso fica muito mais fácil e confiável.

Se as microcertificações aproximam os futuros alunos e intensificam a visibilidade da formação dos atuais, falta apenas falar dos ex-alunos. Para Sathler, eles não existem mais: a oportunidade está em oferecer cursos rápidos, flexíveis e acessíveis como opção de formação continuada. Por isso, as microcertificações devem fazer parte da estratégia dos gestores de Instituições de Ensino Superior.

– Para permanecer relevante, tenho que me integrar ao ecossistema de inovação e ajudar a desenvolvê-lo na tríade universidade, empresas e governos. O que nós estamos entregando não está sendo valorizado pelo mercado de trabalho. As pessoas estão se diplomando e indo trabalhar fora da sua área de formação ou em empregos que exigem menos do que um diploma – aponta Sathler.

Segundo ele, há um desalinhamento entre os serviços prestados pelas instituições de Ensino Superior e o que o mundo do trabalho está demandando. E as instituições, especialmente de EAD, que estão muito focadas em ênfase conteudista, são as que mais colaboram com essa desvalorização do diploma. No entanto, elas é que podem ser o principal motor para reverter isso, desde que mudem a oferta para que os alunos possam interagir com professores e colegas, focando nas microcertificações e na trabalhabilidade.


Cooperativismo gaúcho já se beneficia das microcertificações

Criada há mais de 10 anos, a Faculdade de Tecnologia do Cooperativismo (Escoop) oferece o curso de graduação de Tecnólogo em Gestão de Cooperativas, além de diversas pós-graduações focadas no tema e ainda mais customizadas, como gestão financeira para cooperativas de crédito.

No Congresso Brasileiro do Cooperativismo de 2019, as entidades foram desafiadas a melhorar o nível de profissionalização e governança das cooperativas. Um ano depois, viram a procura por cursos on-line disparar – até mesmo em função da pandemia. A saída foi oferecer opções ainda mais rápidas e dinâmicas.

– Temos módulos de até 50 horas, mas conseguimos calibrar para mais ou para menos de acordo com cada cooperativa e o nível de maturidade dos conselheiros – explica o diretor-geral da Escoop e gerente-geral do Sescoop/RS, José Máximo Daronco.

Os conselheiros a que se refere são os que atuam na gestão das cooperativas. Anualmente, os conselhos fiscais passam por renovação de dois terços de seus quadros e os novos ocupantes precisam compreender as atribuições do cargo. Outro curso atua na formação de coordenadores de núcleos – que possivelmente se tornarão conselheiros nos anos seguintes.

– Intensificamos o projeto de segurança cibernética para empresas de segmentos como energia e infraestrutura. Fizemos o primeiro módulo, com 20 horas, já estamos no segundo e, no começo de 2023 devemos ter o terceiro, além de ampliar para outros ramos, como agro e crédito – conta Daronco.

O maior desafio para oferecer os cursos, segundo ele, é ter um conjunto de professores devidamente preparados. Para driblar este obstáculo, a Escoop busca pessoas que estão dentro das cooperativas.

As aulas são síncronas para permitir maior interação, indo ao encontro do que defende Luciano Sathler. Mas isso também demanda um domínio por parte dos professores, que, além de conhecerem o dia a dia das cooperativas, precisam dominar a metodologia de atuação no modo virtual, mantendo o engajamento dos participantes.

O resultado tem agradado a instituição, parceiros e alunos. Os dirigentes das cooperativas reportam que os alunos voltaram às atividades com uma capacidade maior de observação e que novas visões foram implementadas.

– A formação continuada desperta o senso crítico, permitindo a melhoria nos processos de tomada de decisão dentro das cooperativas e, também, uma participação mais efetiva dessas pessoas no processo democrático que a cooperativa constrói para decisões. Devemos proporcionar cada vez mais a educação continuada – conclui Daronco.

Fonte: SINEPE-RS, 28/11/2022, por Pedro Pereira

Disponível em https://sinepe-rs.org.br/educacaoempauta/gestao/por-que-a-microcertificacao-deve-estar-no-radar-de-todo-gestor/



Pedro Pereira18 de setembro de 2024
Blockchain

ABIEE e ANEC estabelecem convênio com a CertifikEDU Microcertificações

A Associação Nacional de Educação Católica do Brasil – ANEC e a Associação Brasileira de Instituições Educacionais Evangélicas – ABIEE celebram convênio com CertifikEDU Microcertificações com Blockchain e Inteligência Artificial. As instituições educacionais associadas à ABIEE e à ANEC passam a contar com condições especiais para poderem oferecer carteiras digitais de competências e habilidades para os estudantes, docentes e corpo técnico-administrativo. A CertifikEDU coopera com instituições educacionais e outros tipos de organizações para implementar a gestão inovadora de microcertificados que visibilizam as competências e habilidades das pessoas.

Instituições de ensino superior ampliam seu relacionamento com estudantes e egressos a partir dos certificados e com apoio da Inteligência Artificial para poderem ofertar de maneira mais assertiva programas de pós-graduação, cursos livres, mentorias, eventos, unidades curriculares e outros serviços, conforme as trilhas de aprendizagem mapeadas, graças à visibilização das competências e habilidades já desenvolvidas e as que ainda podem ser alcançadas para a evolução da carreira profissional de cada um. A CertifikEDU pode ser usada como parte da Política institucional de acompanhamento dos egressos do Ensino Superior, no atendimento do Indicador 3.7 do Instrumento de Avaliação Institucional Externa para o Recredenciamento do INEP/MEC. Já as escolas poderão evidenciar a riqueza de seus itinerários formativos, projetos de vida e outros serviços que diferenciam a sua atuação, algo importante tanto para o Ensino Médio quanto para o Fundamental 2. Os microcertificados podem ser utilizados para registrar também.

Luciano Sathler15 de setembro de 2024
Blockchain

A CertifikEDU é patrocinadora master do Fórum dos Executivos Financeiros das Instituições de Ensino Privadas do Brasil – FinancIES 2023

Mais de 500 inscritos, executivos/as financeiros e gestores da Alta Administração de Instituições educacionais de todo país vão se reunir em Salvador (BA), dias 31 de agosto e 01 de setembro de 2023. O tema principal do evento é Economia Digital: Novos modelos e novas receitas para as IES. A CertifikEDU Microcertificações com Blockchain e Inteligência Artificial se propõe a cooperar com o que há de mais avançado em termos de tecnologia para oferecer suporte eficiente e eficaz a novos modelos de negócios focados na educação por toda a vida, na valorização de arquiteturas curriculares inovadoras, bem como na visibilização das competências e habilidades de estudantes, egressos e professores, o que aumenta a trabalhabilidade das pessoas.

O FinancIES destaca em sua proposta para 2023 que a Economia Digital é um dos fatos trazidos pela transformação acelerada da sociedade, marcada também pelas mudanças demográficas e por desafios urgentes relacionados ao meio ambiente, que exigem a maior diferenciação das instituições educacionais, especialmente com o desenvolvimento de percursos e serviços personalizados para os aprendentes ao longo da vida. Muitas instituições de ensino superior estão investindo em novos modelos de negócios, com ênfase em atrair e engajar alunos ao longo da vida. Está em alta a demanda por programas mais curtos e flexíveis na Graduação, Pós-Graduação e cursos livres, focados na trabalhabilidade, uma das formas de combater os impactos negativos do número geral de matrículas e a sensível redução dos tickets médios. É uma unanimidade reconhecer que é preciso encontrar maneiras de fortalecer a sustentabilidade.

Novos modelos de negócios aplicados aos serviços educacionais podem e devem ser buscados, por meio de parcerias, com uso intensivo de tecnologia, mentalidade voltada para a inovação, foco na experiência do estudante, compromisso com a qualidade, diversificação de receitas financeiras e inserção significativa no contexto socioeconômico onde cada instituição se encontra. Entre em contato com a CertifikEDU e descubra como aumentar e diversificar as fontes de receitas adicionais para a sua instituição educacional. Preencha o formulário disponível em https://certifikedu.com Telefone (31) 99956.4104 ou e-mail suporte@certifikedu.com.br

Luciano Sathler28 de agosto de 2023
Educação

Skills First, um movimento para valorizar as competências e promover a trabalhabilidade das pessoas

É preciso ampliar as oportunidades para uma ampla parcela da população que está com dificuldade de encontrar espaço no mundo do trabalho. Ao mesmo tempo, muitas empresas estão com dificuldade no recrutamento, na seleção e na retenção de talentos, com elevados custos devido a ineficiências nesses processos. É cada vez mais comum ouvir gestores reclamarem por terem contratado pessoas pelo que essas diziam saber e terem que demiti-las pelo que revelaram ser no ambiente profissional. A competitividade em tempos de inovações disruptivas e intensificação tecnológica em todos os setores pede que as pessoas certas sejam encontradas e valorizadas para desempenharem seu potencial ao máximo onde lhes forem abertas oportunidades de trabalho. Encontrar as pessoas certas e valorizá-las por suas competências é um desafio global. Porém, os impactos no Brasil são ainda mais desafiadores, pois os mecanismos de exclusão se acentuam e caímos no risco de ampliar o desemprego estrutural e a quantidade de desalentados – aqueles que desistem de procurar um emprego, seja porque não conseguiu um trabalho adequado, não tinha experiência profissional ou qualificação adequada, não conseguiu trabalho por ser considerado muito jovem ou muito idoso ou por acreditar que não havia trabalho na localidade.

Hoje o Brasil está com dificuldades para a inclusão produtiva de jovens e em aproveitar melhor o talento da Geração 50+, pessoas mais maduras e que desenvolveram uma série de competências em sua trajetória que precisam ser melhor visibilizadas. A CertifikEDU tem como seu propósito visibilizar mais e melhor as competências e habilidades das pessoas, além de promover conexões entre instituições de ensino, empresas e indivíduos para ampliar a trabalhabilidade. A Educação Continuada (lifelong learning) é a chave para abrir portas, tanto na Graduação e na Pós-Graduação quanto na Educação Corporativa. As organizações que se organizam ao redor da valorização dessas trilhas individualizadas e inclusivas das jornadas de trabalho e aprendizagem serão mais competitivas e humanas. De acordo com a regulação educacional brasileira, competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania.] Sendo que as pessoas desenvolvem habilidades para fazer algo, seja na educação formal, informal e não-formal. Podem ser verificadas, como, por exemplo, o aprender a ler e escrever. A partir daí são construídas as competências. O infográfico 1 apresenta uma síntese das ações necessárias para articular os esforços ao redor de uma abordagem baseada em Skills First. A publicação Putting Skills First: A Framework for Action encontra-se disponível em https://www.weforum.org/whitepapers/putting-skills-first-a-framework-for-action/

Luciano Sathler23 de junho de 2023
Blockchain

O que são microcertificações e como podem ampliar a trabalhabilidade das pessoas?

É importante notar que ainda não existe uma definição universalmente aceita do que seja uma microcertificação ou microcredencial. A CertifikEDU trabalha de acordo com o conceito de que uma microcertificação ou microcredencial é um registro de realização de aprendizagem focada, que verifica o que a pessoa sabe, entende ou pode fazer. Preferencialmente, um microcertificado inclui avaliação com base em padrões claramente definidos e é concedido por um provedor confiável. Um microcertificado tem valor autônomo e também pode complementar outras microcertificações ou diplomas e certificados de cursos formais, inclusive por meio do reconhecimento de aprendizagem anterior. Pode incluir a prática profissional, certificados verificados, cursos livres, badges (por exemplo, liberadas a gamers ou profissionais de tecnologia), juntamente com qualquer outro reconhecimento emitido pelo próprio usuário ou terceiro.

As microcertificações podem ou não gerar créditos ou pontuação consideradas em escolas ou instituições de ensino superior. São registros que podem ou serem considerados como parte das tradicionais credenciais acadêmicas. Na CertifikEDU os microcertificados digitais podem se referir também a diplomas tradicionais emitidos, exclusivamente ou não, por meio de um formato digital ou físico. Mas a CertifikEDU apenas espelha o documento que foi emitido, registrado e armazenado de acordo com a legislação vigente pela Instituição, cabendo a esta toda a responsabilidade pela assinatura com certificação digital e o carimbo de tempo na Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), conforme os parâmetros do Padrão Brasileiro de Assinaturas Digitais, que conferem ao diploma digital sua validade jurídica. Embora as escolas e instituições de ensino superior há muito ofereçam certificados diversificados, a transformação digital e a velocidade das mudanças no mundo do trabalho têm levado muitas organizações a valorizarem microcertificações que ampliam a visibilidade de competências e habilidades que são desenvolvidas em atividades acadêmicas ou não.

As microcertificações atualmente não são regulamentadas pelos órgãos governamentais. No entanto, há uma conscientização crescente dos empregadores e empresas que contratam por outros tipos de contratos além do modelo CLT em torno da adoção de práticas de contratação baseadas em competências e habilidades – inclusive as que destacam competências socioemocionais (soft skills). Para as escolas e instituições de ensino superior, criar e emitir microcertificados para uma variedade de opções de formação e registros fortalece seu relacionamento com os estudantes e permite manter um programa ativo de educação continuada com seus egressos – lifelong learning. Ao reconhecer e documentar melhor as competências e habilidades das pessoas, inclusive com microcertificações cocriadas com empregadores e parcerias comunitárias, é possível responder objetiva e mais rapidamente ao mundo do trabalho e as necessidades da comunidade. Com um microcertificado digital que utiliza a Plataforma CertifikEDU é possível demonstrar suas competências e habilidades online, de maneira simples, confiável e facilmente verificável em tempo real. Os microcertificados digitais fornecem evidências concretas da sua jornada de estudos, realizações profissionais e experiências de vida – como voluntariado, por exemplo. A sua carteira digital de competências e habilidades CertifikEDU oferece as informações que ampliam a sua trabalhabilidade – a possibilidade de ser contratado e gerar renda para você e sua família, seja num emprego com vínculos formais ou em qualquer outro tipo de contratação.

Luciano Sathler8 de junho de 2023